sábado, 29 de maio de 2010

Pensamento do dia

Cuidado!


Muitas vezes o que a gente pensa que já era ainda existe, O que a gente pensa que existe ainda falta conquistar, e Liberdade de expressao é um bom exemplo da questao!


Não se lembre do passado e o teu futuro será escuro

Não se esqueça o que passamos há tantos anos
Procure a luz, Mete o dedo na ferida vive a vida e Limpa o pus
Conduz o pensamento para o tempo que quiser
Fique atento não se esqueça a gente abala quando quer



"Agora que lembramos um passado recente vamos falar do presente"
E daqui pra frente?
Não vamos nos intimidar

Chega de ser prego
É melhor ser o martelo rapá!!!!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Rio Claro

Alo voce!


Peco desculpas pelo sumico, mas compromissos profissionais e um mal-estar me afastaram do pc na última semana.




Hoje vamos falar de um visionário, um empreendedor que quis acima de tudo, colocar o Brasil no mapa da indústria automobilística. Nao com um mercado susbsidiário de multinacionais, mas sim como produtor de tecnologia própria e de carros criados de / para / por Brasileiros.


Senhoras e Sonhores, Apresento-lhes a Gurgel.



Para boa parte dos brasileiros com mais de 20 anos, e que adoram carros, Gurgel é sinônimo de um carro autenticamente Brasileiro. Simples é verdade, mas sua manutenção fácil e resistência são qualidades que estão incorporadas definitivamente à marca. Prova disso é que, mesmo com a produção encerrada no início da década de 90, ainda os pequenos carros Gurgel são de certa forma vistos nas cidades brasileiras.

Antes de qualquer carro, Gurgel é o sobrenome de João Augusto Conrado do Amaral. Nascido em Franca (SP), deu os primeiros passsos rumo à sua "beatificacao" automotiva. Na oficina de seu avô, José de Góia Conrado, já fazia os próprios brinquedos e transformava triciclos em bicicletas.

Para concluir o ano de engenharia mecânica, na Escola Politécnica da USP, João Gurgel aprescntou o projeto de um carro de dois cilindros, em vez de um guindaste, projeto proposto pelo professor. A resposta do Professor alem da advertencia de lhe reprovar o curso, foi: " Gurgel: Carro nao se desenvolve, se compra pronto"

Já formado, trabalhou na Cobrasma. Em seguida, foi para os Estados Unidos, estudar no General Motors Institute, onde aprendeu os segredos da fibra de vidro.

Em 1956, voltou ao Brasil e colaborou com o CEIA (Grupo Executivo da Indústria Automobilística), cujo projeto previa a nacionação progressiva por peso. Ao fim do governo Juscelino Kubitschek, o Brasil dominaria o mercado interno com 90% da produção automobilística. Mas as empresas estrangeiras relutavam em fabricar automóveis aqui. A alegação era de que um país com renda per capita de 129 dólares não poderia consumir carros.

Insatisfeito com esse panorama, Gurgel deixou um bem-remunerado emprego na Ford. Com 50.000 dólares no bolso e fundou a Moplast, especializada em luminosos para fachada de lojas. Como os negócios indo bem, Gurgel começou a construir karts e chegou a participar de campeonatos, cujos pilotos eram Wilson Fittipaldi e José Carlos Pace. Mas nunca abandonou a idéia de fazer um carro de verdade.

Em 1966, convenceu diretores da Volkswagen a lhe vender chassis. Foi a primeira venda de uma plataforma VW a um particular. Três anos mais tarde, Gurgel apresentou o Ipanema, simpática mistura de bugue com jipe. Os bugues estavam em moda e o jipinho foi bem recebido pelo público jovem. Depois vieram o utilitário Xavante (posteriormente rebatizado de X-12 e mais tarde Tocantins) e o Itaipú, o primeiro carro sul-americano elétrico.







A era dos Gurgel de passeio começou em 1981, época em que a Gurgel já havia consolidado sua participação no mercado de veículos fora-de-estrada e utilitários. Com a situação confortável, resolveu disputar o mercado de carros de passeio, introduzindo um carro cujo nome foi dado por pessoas nas ruas de Rio Claro: XEF ou "o Carro do Chefe"...



Diz a lenda que quando o primeiro protótipo do XEF comecou a andar pelas ruas, as pessoas paravam e perguntavam aos engenheiros: Que carro é esse? e a resposta era sempre a mesma: É o carro do Chefe.. e assim depois de alguns meses de desenvolvimento, o carro foi chamado de XEF.


O carro chamava muita atencao, pelo desenho harmonioso, e pelas suas dimensoes pequenas, que de tao reduzidas, nao tinha porta-malas. Alem disso, o XEF só conseguia levar 3 pessoas, numa configuracao 40%-60%, onde o banco do carona leva 2 pessoas (hoje isso é muito comum nas vans).



Apesar de tudo, era um carro com um interior bem desenhado e tao homogenio quanto as linhas exteriores.





Em 1982 foi o início do desenvolvimento de um carro popular 100% nacional. Foi batizado de Tião, uma forma de identificá-los como brasileiros. Três anos depois, uma carta de intenção de fornecimento de tecnologia foi assinada com a Citroën. O projeto previa a concepção de três modelos: um de passageiros, um furgão e um utilitário com motores de dois cilindros e 660 cm3. O Gurgel acabou por suspender o desenvolvimento da parceria no meio do rpograma. Alegando que a Citroën estabelecera exigências demais para transferência de tecnologia.



Com o fim da parceria Gaulesa, João Gurgel abriu o capital da empresa. No começo de 1988, ele vendeu um lote de 10.000 açoes da Gurgel Motores. Cada interessado deveria comprar um lote de 750 ações, no valor de 3.000 dólares pelo carro e 1.500 dólares pelas ações. Os sócios teriam prioridade na aquisição do automóvel. Haveria sorteios mensais. Gurgel utilizou uma campanha publicitária para conquistar parceiros em potencial. "Se Henry Ford o convidasse para ser seu sócio, você aceitaria?".

Todos os lotes foram vendidos em menos de 60 dias. A arrecadação atingiu cerca de 60 milhões de dólares, o que viabilizou a conclusão do projeto e a ampliação do complexo localizado em Rio Claro. Tudo estava quase pronto. Faltava apenas o pagamento do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado). Gurgel obteve redução do imposto junto ao governo federal. Sua empresa pagaria apenas 5% enquanto as demais montadoras amargavam com 30%.

No Salão do Automóvel de Sao Paulo o Projeto Tiao foi apresentado com o nome de Gurgel BR-800.




Ao lado do BR-800, a Gurgel anunciou uma picape fora-de-estrada, com pneus cidade/campo, maior distância do solo, além de um pequeno santantônio. Foi apresentado também um conversível que mantinha as molduras das portas e vidros laterais, bem como a barra estrutural do teto. Outra unidade exposta foi o BR-800 furgão, que chegou a ser usado pela empresa Furnas e pelos Correios.

Ainda me recordo, quando criancade ter uma colecao da revista 4Rodas, e ver por meses e meses seguidos o BR800 como o carro mais economico do pais!

As primeiras unidades, entregues após o fim do evento, apresentaram problemas. No entanto o entusiasmo do mercado foi tanto, que as primeiras 1.000 unidades foram vendidas com ágio de 100%


No princípio dos anos 90, O goveno federal adota uma politica de re-estruturacao do IPI aplicados aos carros "populares", Assim, o IPI para carros a até 1 litro (1.0), pasariam a pagar 20 % de imporsto, ao contrário dos 30% habituais. Isso gerou forte e incômoda concorrência para a Gurgel. Pois os carros básicos das grandes montadoras custariam quase o mesmo que o BR-800. Alem de que com a nova classificacao oficial do IPI, a Gurgel tambem passaria a pagar 20% ao invés dos 5% que pagava até o momento. 


Numa jogada rápida, a Gurgel apresenta a resposta ao mercado em 1992, quando foi lançado o Supermini. Que nao era mais do que um BR800 melhorado, mais confortável e com acabamento mais cuidadoso que o antecessor.








O destaque eram os pára-choques na cor prata, que davam contraste nas opções vermelho, azul e verde. Nas portas havia uma grossa faixa de proteção com a inscrição BR-SL.

O interior mudou radicalmente. ganhando um desenho mais agradável. Foram acrescidos conta-giros e relógio. As teclas de setas, luzes e limpador de pára-brisa foram trocados por alavancas mais práticas. No painel, um pequeno porta-luvas, um cinzeiro e o rádio. Os bancos dianteiros tinham encosto alto. O direito corria sobre trilhos e dava acesso aos assentos traseiros. Estes eram divididos e podiam ser basculados para aumentar a capacidade dos porta-malas.

Pra voces aqui vai uma foto do interior do BR800 Original e do Supermini. Só para comparacao:




Infelizmente, mesmo com essas melhorias, a Gurgel nao conseguiu se manter num mercado invadido por Uno, Gol e Corsa, E acabou pedindo falencia (ou concordata) em 1992.

Infelizmente nao foi dessa vez que o Brasil "emplacou" uma empresa 100% nacional para o desenvolvimento e fabricacao de carros. Mas com certeza, para quem gosta de carros, e ainda por cima Brasileiro, a existencia da Gurgel nos livros de História trazem alegria ao coracao.

Há muitos outros aspectos (e modelos) da Gurgel que merecem comentários.. mas como já recebi mensagens dizendo que meus posts sao muito longos, vou ficando por aqui!

Até a próxima!

See ya!





terça-feira, 25 de maio de 2010

Sumico...



Alo voce!

Eu sei que estou sumido, e nao quero deixar meus estimados leitores à deriva, mas compromissos profissionais, juntamente com um mal-estar físico me afastaram do PC nos últimos dias.

Já tenho "no prelo" o novo texto, que está iniciado. Podem esperar que ainda essa semana eu publico.

Abracos!